Sempre me perguntam: “você acha que o mundo está pior ou melhor que antigamente?”. Por um lado, a ausência de um “pano de fundo” cristão e de avanços no que diz respeito a direitos humanos, medicina, tecnologia, etc, depõem contra o mundo de outrora; por outro lado, hoje somos mais de sete bilhões e isso significa que, se a humanidade é um câncer, o quadro já avançou para metástase. Na verdade, mais do que refletir sobre o mundo, meu interesse é refletir sobre o homem, cuja constituição não mudou, tampouco a corrupção do coração. Antes, o homem era mau do alto de sua montaria; hoje o homem é mau de dentro de seu automóvel.

Somos maus e o espelho mostra-nos isso ainda mais claramente que o noticiário. Certa vez, o jornal The Times convidou o brilhante escritor inglês G.K. Chesterton e outros proeminentes escritores de seu tempo a darem uma resposta à questão: “o que há de errado com o mundo?”. Chesterton respondeu: “caros senhores, sou eu. Sinceramente, G. K. Chesterton”. Alheios a Deus, tudo que tocamos apodrece, pois nosso coração é podre. Portanto, as palavras do profeta Isaías continuam verdadeiras: “a terra está contaminada por causa de seus moradores” – Isaías 24.5. Há, porém, uma esperança.

Gosto de ouvir Paulo dizer: “não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se…” – Romanos 12.2. Ele não diz transformem-no, como se referindo ao mundo, mas transformem-se, referindo-se aos próprios indivíduos. Muitos anseiam por transformação do mundo, do sistema corrupto, da maldade… Como se o mundo fosse um objeto à parte. Nós estamos no mundo e o mundo está em nosso coração. Quando eu assumo o compromisso de ser transformado por Cristo, por meio da renovação da minha mente, então começa a transformação do mundo!

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