Paciência, segundo o dicionário, é “qualidade de quem sabe esperar; virtude que consiste em suportar dores, infortúnios, etc. com resignação”. Também é sinônimo de longanimidade. Paciência e longanimidade vêm da mesma raiz, com a ideia de suportar e persistir, ainda que sob circunstâncias adversas (Romanos 9.22; Colossenses 3.12 e 13).
Paciência (em algumas traduções, longanimidade) faz parte do fruto do Espírito Santo (Gálatas 5.22). A atitude comum do homem natural é impaciência no decorrer de sofrimentos e provações. Deus é paciente (longânime) sempre e essa é uma das razões porque tem suportado a toda rebeldia humana, dando oportunidade para que o pecador rebelde venha a se arrepender (Atos 17.30 e 31).
Tiago mostra a necessidade de sermos pacientes. Ele usa a ilustração da paciência do lavrador após a semeadura, aguardando o tempo da colheita. Assim o salvo deve ter paciência enquanto aguarda a volta do Senhor para estabelecer o seu domínio completo na terra, suportando todos os infortúnios e adversidades. Não deve estar se queixando e murmurando, mas sim fortalecendo seu coração no Senhor, sabendo que tudo isso vai terminar com a volta de Cristo, quando receberá a recompensa de sua fidelidade a Deus. Os profetas do V.T. e os seguidores de Cristo no N.T. suportaram todas as afrontas, perseguições, injustiças, confiando plenamente no Senhor e sabendo que nossa vida aqui na terra é provisória.
Ao buscar o poder do Espírito Santo para que nos dê paciência e autodomínio, compreenderemos que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a recompensa da glória que em nós há de ser revelada (Romanos 8.18). Ainda que não seja fácil exercer a paciência no mundo conturbado de hoje, é necessário. Depende da nossa plena submissão a Deus.
Pr. Miguel Horvath