Nem postura, nem tempo definem a qualidade da oração. O fariseu e o publicano oraram em pé (Lucas 18.11 – 13); Pedro orou de joelhos (Atos 9.40); Elias orou sentado (I Reis 19.4); e Ezequias orou deitado (Isaías 38.1 e 2); Salomão orou de maneira extensa e solene (II Crônicas 6.14 – 42); enquanto que Neemias orou em pensamento, em poucos segundos (Neemias 2.4 e 5). Os exemplos bíblicos são fartos, de modo que, para cada categoria destacada, há ainda outros exemplos.

As posições na oração, normalmente, se relacionavam ao ambiente em que eram feitas e ao sentimento de quem orava: em pé havia mais solenidade; de joelhos (ou prostrado), mais devoção; sentado e deitado eram posturas típicas de quem estava enfermo, estafado, enlutado. Não que isso seja norma, apenas é um catálogo superficial do registro bíblico.

O que é norma na oração é a atitude do coração. Devemos nos achegar a Deus com a fé de Abraão, que, contra toda esperança, em esperança creu (Romanos 4.18); com a perseverança de Isaque, que intercedeu por sua mulher e foi atendido (Gênesis 25.21); com a disposição de Epafras, que batalhou muito em oração pela fé dos que o cercavam (Colossenses 4.12); com a gratidão de Paulo (I Timóteo 1.12 – 15), que nunca se esqueceu da miséria de onde foi tirado por Deus; com a solidariedade de Jó (Jó 42.10), cuja vida foi restaurada enquanto orava pelos amigos; com a entrega de Ana, que derramou-se em sinceridade (I Samuel 1.15 e 16); com a sede de Jesus pela vontade do Pai, como Ele demonstrou em momentos de profunda agonia (Mateus 26.39); com o quebrantamento de Davi (Salmos 51.17); e com a mesma humildade de Esdras e de Daniel, que oraram, respectivamente:

“Aqui estamos diante de ti com a nossa culpa, embora saibamos que por causa dela nenhum de nós pode permanecer na tua presença.” – Esdras 9.15 (NVI)

“Porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias.” – Daniel 9.18 (ARC)

Não existe oração forte; existe o Deus forte, que faz questão de atender todo aquele que reconhece ser apenas pó diante da grandeza do Rei. Deus sempre nos atenderá. Nem sempre como gostaríamos, mas sempre conforme seus propósitos perfeitos e insondáveis, os quais são infinitamente melhores do que conseguimos enxergar.

“Orai sem cessar.” – I Tessalonicenses 5.17 (ARA)

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