Nos capítulos anteriores, Paulo, deixou bem claro “… que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. Também comparou as duas alianças (a lei Mosaica e a fé cristã) a dois tipos de filhos: escravos (através de Agar) e livres (através de Sara). Os primeiros, escravos subjugados pela lei; e os segundos; livres; consequentemente, sendo filhos da promessa, somos chamados à liberdade em Cristo.
Esta liberdade cristã deve ser preservada para não invalidar a obra de Jesus Cristo por nós. Se quisermos sujeitar-nos novamente aos preceitos da lei mosaica, negaremos a eficácia do sacrifício de Cristo. A obra de Cristo foi completa. Nada mais precisa ser feito. Se o homem pudesse ser salvo pela prática das obras da lei, por que Jesus Cristo teria de sofrer e dar a sua vida pelos pecados dos homens?
Em Cristo, a circuncisão ou a incircuncisão, não tem valor algum. O importante é estar em Cristo. Cristo que, pelo seu sacrifício cumpriu todos os requisitos da lei, chama-nos para a liberdade. Esta liberdade é a liberdade de consciência. Não devemos imaginar que esta liberdade nos dá o direito de dar vazão aos desejos da carne. A liberdade de consciência deve ser orientada pelo Espírito Santo no seu uso. Ninguém deve tomar a liberdade à que somos chamados como licenciosidade ou imoralidade. A presença do Espírito Santo em nós é a garantia de que a liberdade cristã nos orientará em todas as nossas ações.
O fato de, não estarmos sujeitos à lei mosaica, não quer dizer que estamos sem lei. Vivemos sob a lei do amor resumida por Cristo, como o amor leal e completo a Deus e o amor ao próximo como a nós mesmos. Salvos pela graça de Deus por meio da fé em Cristo, nós O obedecemos não para sermos salvos, mas porque somos salvos.
Pr. Miguel Horvath