Inicialmente, lembramos de que o povo de Deus voltou para a sua terra com o decreto do rei Ciro. A primeira leva voltou sob a liderança de Zorobabel, em 563 a.C., e a segunda, sob a liderança de Esdras, voltou em 456 a.C., no 7º ano do reinado de Artaxerxes. Até o capítulo 6, temos a primeira parte do livro, em que o altar é edificado, lançado o fundamento do novo templo, o início da sua reconstrução e a oposição dos samaritanos, árabes e monitas, que durou cerca de vinte anos. O estudo de hoje concentra-se no capítulo 4, em que os adversários se oferecem para cooperar na edificação do templo. Zorobabel, sabendo dos perigos que a pretensa cooperação traria, não aceitou a proposta. A volta dos judeus criou uma nova província dos medos e persas na região, tirando aquela parte dos seus inimigos, que procuraram desanimá-los, os intimidando com o propósito de que parassem a construção. Isso durante todo o reinado de Ciro. Com o início do reinado de Xerxes, escreveram uma carta acusatória, mas o rei não deu importância. Quando Xerxes é sucedido por Artaxerxes, escreveram outra carta e veio a proibição da obra até o segundo ano de Dario (Artaxerxes 2º), quando receberam ordem de reiniciar as obras e ajuda do rei (cap. 7), como estudaremos depois. Quais as lições que aprendemos com o estudo de Esdras 4? Primeira: Cuidado com a amizade do mundo. Atrás da oferta de cooperação dos adversários dos judeus estavam ocultos propósitos prejudiciais ao povo de Deus. Cuidado com as ciladas que o mundo tem a oferecer aos salvos por Cristo. Aparentemente boas, inocentes, mas que por traz são laços para que os planos de Deus não se cumpram em nós. Segunda: A pressão e perseguição do mundo. Inicialmente, a pressão, usando todos os meios possíveis, para que sigamos os seus padrões. A seguir, podem vir perseguições desde isolamento, perda de coisas a que teríamos direito, falsas acusações, entre outros. Terceira: Saber que Deus está no controle de tudo. Diante das provações, adversidades, oposições, Deus está conosco e tudo que acontece de bem ou mal visa, em última análise, o nosso crescimento espiritual.
Pr. Miguel Horvath