Elias recebeu a ordem divina de ungir a Eliseu como seu sucessor (I Reis 19. 16) e o fez lançando sua capa sobre ele (I Reis 19. 19; 20f e 21f). Eliseu entendeu que Elias o estava chamando para prepará-lo para uma obra específica. Deixando tudo, seguiu a Elias e se tornou seu ajudante. No final do ministério de Elias, juntos partiram para Gilgal. Elias pediu que ele ficasse ali, pois o Senhor o estava enviando a Betel. Eliseu recusou ficar, prometendo não deixar Elias. Após passarem em vários lugares, chegaram ao rio Jordão. Elias, dobrando sua capa, feriu as águas do rio e elas se abriram para que eles passem. Antes de ser arrebatado ao céu num redemoinho, Elias disse a Eliseu, após atravessarem o rio Jordão: “Pede-me o que queres que te faça, antes de ser tomado de ti”. A resposta foi esta: “Peço-te que haja em mim porção dobrada do teu espírito sobre mim” (I Reis 2. 9). Ao apanhar a capa de Elias que caíra dele ao ser elevado ao céu, Eliseu começou imediatamente o seu ministério, dividindo as águas do rio Jordão, o que confirmou sua missão profética como sucessor de Elias.
Ainda hoje, Deus continua vocacionando servos seus para ministérios específicos do Seu reino. Ele usa os meios mais diversos para que o vocacionado entenda claramente que é o Senhor que o está chamando. Obedecida à chamada divina, deve vir o preparo devido antes de sua ordenação. Deus confirma a Sua chamada quando este inicia a obra para a qual foi vocacionado.
A vocação ministerial não é feita pelos homens e nem pela vontade do que se diz vocacionado. Também não é o fato de não conseguir passar em vestibulares para carreiras que deseja ou por vontade dos pais ou amigos. A chamada é divina e por mais que o vocacionado não queira, a chamada é para ser obedecida, pois Ele é o Senhor da vida de cada ser humano. Quem é realmente vocacionado não terá paz enquanto não obedecer ou será um crente que, mesmo alcançando vitórias em outras áreas, será um eterno insatisfeito e infeliz na vida.
A vocação divina deve ser recebida como uma bênção especial do Senhor. A prontidão de Eliseu ao ouvir o chamado serve de exemplo para todos os que recebem este privilégio imerecido, pois ninguém tem merecimento algum para isto. É soberania de Deus a vocação de cada um.
Pr. Miguel Horvath