Meu primeiro Registro Geral (RG), ou carteira de identidade, tirei em 1990 – para ser mais preciso, em 14 de fevereiro de 1990, 24 anos atrás. De lá para cá, muita coisa mudou, e mudou tanto que tive de refazer meu documento este ano.
Nesta nova carteira, a única coisa que mudou foi minha foto, as outras informações permanecem idênticas: o mesmo número, a mesma filiação, a mesma data e o mesmo local de nascimento. Exceto pela foto, tudo igual.
Essa experiência de refazer um documento me fez refletir sobre a nossa identidade em Cristo. Quando nascemos em Cristo – e isso é pontual para todos nós –, ganhamos uma nova identidade. Envelhecemos, amadurecemos, mudamos a foto, mas a identidade que é formada em Cristo nunca é alterada. Nele, somos:
- Perdoados – Colossenses 1.13-14
- Amados – João 3.16
- Reconciliados – Romanos 5.10
- Filhos – Romanos 8.14-16
- Livres – João 8.36 | Romanos 8.1
Sem Cristo, tentamos construir nossa identidade naquilo que fazemos, naquilo que ganhamos e no reconhecimento que almejamos. O problema disso é que nem sempre teremos condições de fazer, nem sempre ganharemos e nem sempre seremos reconhecidos. Outro problema é que temos dificuldade de nos satisfazer com o que fazemos, com o que ganhamos e com o reconhecimento que temos. Logo, a identidade que não é formada em Cristo é frágil.
A identidade formada em Cristo nos ajuda a lidarmos com a “crise de identidade”, que é o resultado de uma identidade formada sem Cristo. Em Cristo, somos o que somos por causa dEle e independente das circunstâncias em que vivemos.
Não precisamos ter muito dinheiro, não precisamos ter uma carreira invejável, não precisamos ter muitos títulos, não precisamos de uma boa imagem, não precisamos de uma família perfeita, não precisamos de muitos amigos no Facebook ou seguidores no Twiter. Precisamos de Cristo, precisamos dia a dia relembrarmos quem somos nEle.
Que Deus nos ajude a firmarmos nossa identidade no seu filho.